Nº07 - Jul. 2011, 250 ex. }

Texto: Keil do Amaral / Imagem: Joana Pestana

"Edifício da Caixa"

Data de construção: 1979 – 1983
Autor: Arq. Luís Amoroso Lopes (1913 – 1995)

O edifício sede da Segurança Social de Viseu - uma torre da 16 andares sita na Avenida Dr. António José de Almeida, a uma centena de metros da Praça da República e dos Paços do Concelho, constitui um elemento visual que muitos consideram dissonante na cidade, perturbando a sua histórica silhueta. Fazia parte de um conjunto urbano, e arquitectónico, começado a projectar em 1969, abrangendo todo o quarteirão em que se insere e previa, em torno de uma praceta central, vários prédios baixos, com habitação, comércio, escritórios e ainda um cine-teatro. Sucessivas alterações ao programe inicial levaram a que o inicio da obra (da torre) se concretizasse apenas em 1979, concluindo-se em 1983. Quanto ao restante, nada mais foi feito, deixando esta zona central e valiosa da cidade com uma desagradável cicatriz até hoje (2011). É interessante saber que o Arquitecto autor do projecto: - Luís Amoroso Lopes (1913-1995) - estava ligado à Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais desde 1937 e foi Director da Secção do Centro do País desde 1970 a 1963. (...)


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Pode ainda consultar um excerto do livro Património arquitectónico da Segurança Social - Sedes dos serviços regionais de João Paulo Martins.

Memória Descritiva

"O orgulho da nossa cidade": o edifício da segurança social constitui uma peça arquitectónica que suscitou, desde o primeiro dia, controvérsia e crítica.

A recepção ao edifício da segurança social contém um paradoxo que procurei explorar na produção desta imagem. Por um lado, é recorrente categorizar a realidade viseense pela escala e proporção - a maior discoteca de Portugal, a maior pista de gelo, o maior pão com chouriço (Guiness) - procurando afirmar a cidade por uma certa grandeza; por outro, o mais alto edifício do centro de Viseu foi, desde o primeiro momento, criticado por sobressair "demasiado" face à silhueta urbana e ser desproporcional relativamente ao envolvente próximo.

O meu exercício ironiza o paradoxo, elevando este edifício a um novo estatuto (Empire State Building), explorando o seu tamanho, promovendo a sua afirmação.

A apresentação

Do lado direito encontra-se o cartaz relativo à apresentação deste cromo. Para aceder ao registo de alguns dos momentos que acompanharam a apresentação, por favor veja a nossa página do facebook.

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